Notícias

“Fundação Simão José Silva: 30 anos servindo à Cataguases!”
No ano em que são comemoradas três décadas da Fundação Simão, Programação da Casa de Cultura apresentou o show “João Bosco e Dudu Lima Trio”.
Uma fila que se estendia “pra lá” do prédio da antiga “A Nacional”, aguardava ansiosa a abertura dos portões do Centro Cultural Humberto Mauro, na noite da última sexta-feira (14 de março). Era o show “João Bosco e Dudu Lima Trio”, ou melhor, a primeira de uma série de atrações no ano em que se comemoram os 30 anos da Fundação Simão José Silva, em 2014.

Com ingressos a apenas R$20,00 – esgotados ainda no primeiro dia de venda – os 272 lugares da “Sala Paulo Cezar Saraceni” foram tomados por amantes da Música Popular Brasileira, sendo, alguns, conterrâneos de João Bosco, que exibiam cartazes com mensagens relembrando a vizinha cidade de Ponte Nova.

De repente, foco de luz no palco. Um banquinho, violão, duas garrafas de água mineral e lá vinha João Bosco, ovacionado, abrir o show. Simpático, falou de Ouro Preto, Vinícius, Chico e Elis, compartilhando sucessos com a plateia. Depois foi a vez do “Dudu Lima Trio”, que também se apresenta na próxima terça-feira, dia 25, no centenário de Guarani (aqui pertinho), num show em praça pública com Milton “Bituca” Nascimento..

“Sócios”, podemos assim dizer, da Programação da Casa de Cultura Simão, o Trio esteve em novembro do ano passado, na última “Dobradinha Cultural” e mais uma vez apresentou seu repertorio instrumental, interpretando peças autorais e clássicos como “Trenzinho Caipira” de Heitor Villa lobos. Impressionava as teclas do piano elétrico, que pareciam extensões dos dedos do boa-praça são-joanense Ricardo (Caco) Itaboraí. Também o gigante na estatura e talento, Leandro Scio, adornava as melodias no tintilar dos pratos da bateria, enquanto Dudu dedilhava o contrabaixo como se pintasse um quadro.

Quando retornou ao palco, João Bosco, interpretou “O Ronco da Cuíca”, composição em parceria com o “Dudu Lima Trio” e, ao ouvir da plateia: “João Bosco, estou há 35 anos esperando você”, sorriu e respondeu: “Depois dessa eu vou até tocar ‘Papel Machê’”, arrancando calorosos aplausos.
Após o show, em bate papo descontraído, comentou sobre a Programação de Eventos da Casa Simão e falou da parceria com o “Dudu Lima Trio”, salientando a importância da música mineira para o Brasil. “Vocês estão de parabéns, fiquei sabendo da programação e das ideias que vocês tem para o futuro. Espero que continuem assim, que tenham vida longa ne produção de encontros como esses. Toda vez que venho a Minas (Gerais), tenho uma alegria muito grande. Primeiro por voltar as minhas origens e, segundo, por estar, ao meu ver, no estado brasileiro onde se fez e se faz a melhor música no país. E o ‘Dudu Lima Trio’ tem músicos que pensam como eu, que fazem música com o pensamento de explorar uma ideia. Por isso que a gente chega em cima da hora e ensaia alguma coisa para fazer a noite. Essa ideia que o Trio tem é o que eu valorizo muito no musico jovem: não temer, explorar e fazer”.
João Bosco ainda se recordou carinhosamente da amizade com o saudoso músico, Edinho Gonçalves, radicado em Cataguases e pai dos também músicos Dudu e Tiago Viana (Pé). Segundo ele, no início da carreira Edinho tocava bateria e, na juventude em Ponte Nova, os dois, ao lado do também músico Nelson Angelo faziam um Trio de sucesso. “Um grande amigo muito talentoso. Ele era um excelente baterista que uma certa hora da vida resolveu tocar guitarra e virou um exímio guitarrista. Eu me lembro que nas férias escolares, Nelsinho Angelo ia a Ponte Nova e fazíamos um Trio. Enfim, o Edinho foi uma pessoa que fez parte da minha formação musical”.

A Programação de Eventos da Casa de Cultura Simão 2013/2014 atua com o incentivo da Lei Estadual do Governo de Minas e patrocínio da Bauminas e Hidroazul. Apoio: Fundação Simão José Silva, presidida por Andreia Barbosa Silva. O Projeto conta com Rodney Rocha na Produção Executiva, Ana Paula Mendonça na Assistência de Produção e Tarcísio Vória na Assessoria de Comunicação.